sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ZUMBI 2 - A VOLTA DOS MORTOS (ZOMBI 2)


Esse clássico do cinema de zumbi tornou-se cult pela dificuldade de ser encontrado e pela qualidade ímpar de sua maquiagem e dos efeitos práticos utilizados.

Um barco abandonado é encontrado na baía de Nova Iorque. Após inspeção policial, descobre-se que não está exatamente abandonado: um zumbi o ocupa. A filha do dono do barco (Tisa Farrow), ao tomar conhecimento do ocorrido, decide viajar para a ilha em que seu pai foi visto pela última vez, na companhia de um repórter (Ian McCulloch) em busca de história. Lá, descobrem que os zumbis estão dominando o local, e terão de lutar para sobreviver.

A história é manjada (à época já o era), mas o filme se permite algumas boas criatividades. As cenas de morte – gráficas e muito bem feitas – são pensadas sempre em torno do suspense. Ainda que a trama não crie nada de especial, alguns bons momentos ajudam a compreender por que esse filme se mantém relevante no subgênero.

Uma cena em especial é antológica e excelente: mulher seminua mergulha próximo à ilha quando aparece um tubarão; não bastasse a ameaça, dá de cara com zumbi aquático; no fim da sequência, zumbi e tubarão entram em luta corporal, deixando caminho livre para a salvação da personagem. A cena é bem filmada e a maquiagem é excelente (como em todo o filme, repito). Merecem aplausos os realizadores, pois alcançar esse nível de audácia (em que o medo clássico – natureza – encontra o medo moderno – zumbi – e juntos se potencializam e se anulam) sem cair na galhofa é trabalho para poucos.

Infelizmente, Zumbi 2 é vítima da saturação do subgênero, e todos seus clichês tornam-se maçantes ao invés de românticos. Não envelheceu tão bem quanto os exemplares de Romero, mas nada tira o charme dessa produção italiana que trouxe o que de melhor havia em termos de zumbis (além de se permitir algumas boas inovações).

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