Causa profunda raiva essa moda de
dividir filmes simples em duas partes para faturar dobrado. Demonstra falta de
respeito com o espectador, que no fim das contas merece uma história contada de
forma correta, e não um arremedo de filme episódico. Para além disso, esse
primeiro último filme da saga de Katniss (Jennifer Lawrence) consegue ser suficientemente
interessante.
Após o último jogo, um grupo
dissidente organiza um rebelião contra a capital utilizando-se, em essência, da
propaganda de guerra. É a deixa para a trama fazer sua crítica social à
publicidade e à criação de ídolos. Nesse ponto, deve-se dar créditos aos filmes
pelo cinismo e autocrítica – não deixa de ser corajoso para um blockbuster
juvenil.
Para quem gostava da ação dos
filmes anteriores, os jogos fazem um pouco de falta. A maioria das cenas é de
falatório, transformando esse filme numa véspera – produto inacabado, que não
existe por si só. Como é necessário para a compreensão do segundo último
capítulo da franquia, não há como fugir; de consolo, pode-se afirmar com
segurança que não é propriamente ruim, apenas não se é por inteiro.
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