Esse clássico do cinema de zumbi
tornou-se cult pela dificuldade de ser encontrado e pela qualidade ímpar de sua
maquiagem e dos efeitos práticos utilizados.
Um barco abandonado é encontrado
na baía de Nova Iorque. Após inspeção policial, descobre-se que não está
exatamente abandonado: um zumbi o ocupa. A filha do dono do barco (Tisa Farrow), ao tomar
conhecimento do ocorrido, decide viajar para a ilha em que seu pai foi visto
pela última vez, na companhia de um repórter (Ian McCulloch) em busca de história. Lá, descobrem que os zumbis estão dominando o local, e terão de lutar para sobreviver.
A história é manjada (à época já
o era), mas o filme se permite algumas boas criatividades. As cenas de morte –
gráficas e muito bem feitas – são pensadas sempre em torno do suspense. Ainda
que a trama não crie nada de especial, alguns bons momentos ajudam a
compreender por que esse filme se mantém relevante no subgênero.
Uma cena em especial é antológica
e excelente: mulher seminua mergulha próximo à ilha quando aparece um tubarão;
não bastasse a ameaça, dá de cara com zumbi aquático; no fim da sequência,
zumbi e tubarão entram em luta corporal, deixando caminho livre para a salvação
da personagem. A cena é bem filmada e a maquiagem é excelente (como em todo o
filme, repito). Merecem aplausos os realizadores, pois alcançar esse nível de
audácia (em que o medo clássico – natureza – encontra o medo moderno – zumbi –
e juntos se potencializam e se anulam) sem cair na galhofa é trabalho para
poucos.
Infelizmente, Zumbi 2 é vítima da
saturação do subgênero, e todos seus clichês tornam-se maçantes ao invés de
românticos. Não envelheceu tão bem quanto os exemplares de Romero, mas nada
tira o charme dessa produção italiana que trouxe o que de melhor havia em
termos de zumbis (além de se permitir algumas boas inovações).
Nenhum comentário:
Postar um comentário